Fortemente contaminados pelo punk, thrash e hardcore dos anos 90, o duo português, formado em 2017, por Rui Vieira e José Alexandre Graça, estreia-se no panorama nacional, com um novo álbum.
Foi nos anos 90 que o duo português se deixou levar pelo mundo do trash metal. “Love Songs #1… (Total Destruction, Mass Executions)” é o resultado do projeto Commando – a banda portuguesa, composta por Rui Vieira (Machinergy, Baktheria and Miss Cadaver) e José Alexandre Graça (Extrema Mutilação Auditiva and M.A.D.).
Sem contacto há 25 anos, os músicos reuniram-se em Moscavide, para compor e ensaiar 16 temas, gravados posteriormente pela mão de “Paulão” Vieira, no estúdio Brugo na calçada de Carriche, em Lisboa. Surgiu assim, “Love Songs #1… (Total Destruction, Mass Executions)”, um disco com um som tão característico que o duo decidiu batizar de “Crossunder”.
Sem rodeios e preconceitos, Rui Vieira e José Alexandre Graça empenharam-se em obter um bom resultado final para este projeto. Um álbum descontraído, que explora a influência do punk e do thrash metal no registo pesado dos Commando, ao mesmo tempo que presta homenagem às referências artísticas dos dois músicos – não faltando alusões à sonoridade de outros grupos, como os Ratos do Porão.
Sem mensagens subliminares e significados metafóricos adjacentes, é na euforia dos riffs pesados, conjugados com a velocidade da bateria, que se faz jus à pura vontade de renascer o rock pesado dos anos 80.
Para além da diversão, é este lado descomprometido do duo português, recheado de comédia e sarcasmo, que podemos explorar ao ouvir o alinhamento:
Em “Moshpitas”, Rui grita incessantemente que há uma intro, mas o José não quer saber – “Epá, estava aqui concentrado a fazer esta merd*. Não te importas de repetir?”. Juntando ao tema “Não Queremos Um Split Com Agathocles”, que dura seis segundos com uns “fod*-se!” pelo meio.
Nos singles já lançados: “Metal Is The Lei” e “É Isso, Não Mexas Mais”, seguem-se as pisadas do thrash clássico dos anos 80, com um speed que faz tremer qualquer perna. Os breaks de guitarra acompanhados ora com grunhidos ora com falsetto, puxados pela força da bateria, é o suficiente para abanar qualquer parede.
Segundo a Metalhammer portuguesa, o projeto “… é para rodar e curtir sem preconceitos. O som da dupla é directo, sem rodeios, sem artimanhas (…) Por isso, minhas amigas e meus amigos, não pensem demasiado. Se derem umas gargalhadas e abanarem a cabeça, ficamos todos a ganhar. Caso contrário, seguir em frente – os Commando não se devem aborrecer muito”.
O álbum está disponível para compra através da página do facebook ou por e-mail: [email protected]
Sara Rodrigues
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