Este ano o Festival da Eurovisão será em Portugal de 8 a 12 de Maio. Depois da vitória de Salvador Sobral no ano passado na Ucrânia, há uma grande expectativa ao redor das músicas que cada país irá apresentar no Festival. Decidimos então ouvir cada uma e ver se a “estranha” música interpretada por Salvador Sobral teve algum efeito para esta edição. E antes de passarmos à nossa suposta crítica, vamos focar-nos em apenas em duas coisas, parte lírica e parte instrumental das músicas que nos chamaram mais à atenção, pelos bons ou maus motivos sem grandes rodeios.

Vamos começar com isto.




 

Netta – TOY (Israel)

Esta é por muitos considerada a música favorita a ganhar a Eurovisão.

Analisando a letra percebemos a mensagem que querem passar é que a mulher, não é nenhum brinquedo e deve ser dado o  respeito que merece. Até aqui tudo óptimo e nada a dizer.

A parte instrumental é que estraga tudo. É óbvio que tudo isto vai de encontro ao gosto pessoal de cada um, mas o instrumental é muito, muito estranho. Toda a música é electrónica, não conta com qualquer instrumento, o que não nos surpreende assim tanto estando a falar de uma música da Eurovisão. A introdução de “Toy” é feita com loops ou repetições vocais. A artista utiliza uma Loop Machine para gravar faixas vocais e que se vão sobrepondo até que ela decide que fica bem cacarejar… Sim, ela imita uma galinha não só na introdução mas também na passagem para os refrões. Estranha mas não entranha!

 

O Jardim – Cláudia Pascoal e Isaura (Portugal)

Não poderíamos deixar a música que nos irá representar de fora. “O Jardim”, ao contrário da música anterior, é muito sentimental. Uma letra que nos transmite um misto de sensações. Desde o conforto à tristeza quando nos lembramos de alguém que já não está junto a nós.

Instrumentalmente é muito simples! Começa com piano apenas com acordes, de seguida entra a parte electrónica e um dedilhado na guitarra. Esta entrada progressiva de instrumentos e sons torna-se agradável não perdendo o foco da letra, que nos parece ser o centro das atenções. No geral é uma música que equilibra bem a letra e o instrumental. Embora não esteja no Top das favoritas, é sem dúvida muito agradável de se ouvir!

 

Outlaw In ‘Em – Waylon (Holanda)

Este não ganha de certeza.  Porquê? Utilizaram instrumentos. Sim, instrumentos reais, o que por estes dias é raro!

Fora de ironias, Waylon fugiu à regra e apresentou uma “Rockalhada” das boas com um cheirinho Country! Saiu da zona de conforto do que é expectável para uma música do festival e gostámos. A parte de que ele não vai ganhar, embora num tom irónico, é totalmente verdadeira. A mente dos europeus e não só, está novamente formatada para ignorar tudo o que não seja batidas, tudo o que não tenha aqueles graves que dá a impressão de termos arritmias.

Uma salva de palmas para este senhor. Uma das nossas favoritas!

 

Tu Canción – Amaia e Alfred (Espanha)

Estes dois conseguiram algo que poucos conseguem. Fazer com que oiça repetidamente a mesma música. Sim é lamechas! Transmite um sentimento que nos traz à memória aquela pessoa do qual gostamos.

Para além de uma melodia simples e de uma letra romântica, a conjugação de vozes de Amaia e Alfred é óptima!

Sinceramente não há muito a dizer desta música! A melhor canção é aquela que nos oferece uma boa letra e uma melodia que potencie  o que a parte lírica significa. “Tu canción”, a meu ver é a única que o faz bem no meio de mais de 40 músicas.

 

Em conclusão, a tendência continua a mesma no que toca ao estilo musical das músicas apresentadas fora raras excepções. Demos a nossa opinião sobre estas quatro músicas e queremos saber qual é a tua música favorita.  Não há nada de espectacular nas canções participantes e nenhuma agradável surpresa como aconteceu o ano passado com Salvador Sobral.

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Adicionado por

Rui Alves

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