A comunidade metaleira nacional juntou-se para recriar uma nova versão do clássico “My Shorona”, dos The Knack. O resultado, pronto para atacar o vírus – “É o Corona”. 

Os tempos de isolamento puseram à prova a criatividade dos artistas portugueses. A música “É o Corona”, adaptada do original “My Sharona” dos The Knack, tornou-se viral na Internet. Lançado dia 12 de abril no YouTube, o tema percorreu não só as redes sociais, como foi ouvido em algumas rádios brasileiras e espanholas.

38 músicos do heavy metal nacional reuniram-se à distância e deram origem à nova versão da música dos anos 80, dedicada agora ao combate à Covid-19. A iniciativa partiu de Carlos Guimarães, dos Caminhos Metálicos, em colaboração com o Blind & Lost Studios e a G Media.

A ideia rapidamente ganhou forma contando com um conjunto respeitável de artistas da “pesada”, tendo como critério de seleção, a relação que foi sendo estabelecida ao longo dos 29 anos do projeto Caminhos Metálicos. No total, foram 38 músicos de 29 bandas nacionais de heavy metal que participaram na iniciativa.

Escolhida a música e escrita a letra, foi o transmontano Guilhermino Martins que a produziu em estúdio. O tema foi gravado no espaço de uma semana e para o videoclipe, foram registadas imagens dos 38 músicos na sua quarentena.

“É o Corona” tornou-se viral na Internet em poucas horas com uma maneira descontraída, ainda que responsável, de abordar a pandemia Covid-19. Em menos de dois dias chegou às 20 mil visualizações, ultrapassando agora as 55 mil.

Em entrevista à UFM, Carlos Guimarães reforça que a ideia não só solidificou a união entre os artistas do heavy metal português, como promoveu a divulgação deste género de música no panorama nacional.

Para a Metalhammer, a ideia gerou controvérsia. Em artigo de opinião, Joel Costa escreve: “(…) dá que pensar quando uma cover dos The Knack é o suficiente para conseguir o tempo de antena que cada um dos músicos presentes neste vídeo, da autoria da Caminhos Metálicos, não consegue quando se trata de promover o seu trabalho individual”. O jornalista aponta para a falta de representação do heavy metal no panorama musical português, reforçando a falha dos meios de comunicação na cobertura dedicada a este género musical. “Fosse Portugal um país que valorizasse todo o espectro da sua cultura, e talvez o reconhecimento e o apreço que daí advém gerasse a oportunidade de quebrar cada vez mais barreiras”, reforça Joel Costa.

“É o Corona” – vê aqui a lista dos participantes:

VOZES: Ana Lara (ex-Oratory); Artur Almeida (Attick Demons); Carlos Guerra (Serrabulho); Hugo Soares (Iberia); José Costa (Sacred Sin); Leonel Silva (Hourswill/Mindfeeder); Lex Thunder (Midnight Priest/Toxikull); Miguel Inglês (Equaleft); Muffy (KarbonSoul); Pedro Leal Dias (Gwydion/Invoke); Raça (Revolution Within); Ricardo Pombo (Cruz de Ferro); Rui Duarte (Ramp); Rute Fevereiro (Enchantya); Sandra Oliveira (Blame Zeus); Tiago Azevedo (Lyzzärd).

GUITARRAS: Miguel Adriano (Gwydion); Miguel Gomes (Waterland); Paulo Barros (Tarantula); Paulo Camisa (Nethergod).

BAIXO: Guilhermino Martins (Serrabulho)

BATERIA: Zakk Ovid

PARTICIPAÇÕES VIDEO: Álvaro Fernandes (Pitch Black); António Fonseca (Zurrapa); Augusto Peixoto (Host); Bruno Guilherme (Enchantya/Cruz de Ferro); Fernando Campos (My Enchantment/Enchantya); Ivan Saraiva (Serrabulho); João Sérgio Reis (Iberia); José Bonito (Hourswill); Luis Barros (Tarantula); Luis Figueira (Gwydion); Margarida Veiga (Lyzzärd); Nuno Peixoto (Hourswill); Paulo Ventura (Serrabulho); Ricardo Dias (Heavenwood); Tó Pica (Sacred Sin); Victor Matos (Web); Vitor Costa (Godark).

 

 

Adicionado por

Sara Rodrigues

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